O Brasil tem vivenciado várias mudanças no contexto político. Entre estas mudanças, um impacto muito importante e positivo para os pequenos negócios, foi a criação da lei para as Micro e Pequenas Empresas (2006), a introdução do MEI (em 2009) e a expansão do limite do faturamento para o imposto Simples Nacional (em 2012).
Tudo isto provocou uma revolução, favorecendo o aumento dos micros empreendimentos, principalmente os optantes pelo Simples Nacional.
Caracteriza-se como empreendedor qualquer cidadão que cria um novo empreendimento numa atividade autônoma ou que empreende expandindo uma atividade já existente.
Empreendedor é aquele percebe uma oportunidade, tem iniciativa e paixão para criar um negócio usando os recursos que dispões de maneira criativa assumindo os riscos e as possibilidades de sucesso ou fracasso.
Este dinamismo aumenta a economia através do consumo, gera empregos e reduz os níveis da pobreza através da distribuição da renda.
A “Pequena Empresa” ou “ Microempresa” no Brasil é determinada por normas da legislação corrente, que se baseia no faturamento bruto anual da mesma.
Para sua empresa se enquadrar em Microempresa o faturamento anual deve ser inferior ou igual a R$ 360 mil reais. Acima deste faturamento, ou seja, superior a R$360 mil e inferior ou igual a R$3,6 milhões, sua empresa se enquadra em Pequena empresa.
De acordo com o Sebrae, são criados anualmente no Brasil 1,2 milhões de nova empresas formais, sendo que a maioria delas se enquadra em pequenos negócios.
Os empreendedores das pequenas empresas apresentam dois tipos de motivações para isto:
- Empreendedor oportunista
É aquele indivíduo que é motivado pelo reconhecimento da oportunidade. Geralmente alguém que tem uma visão de um segmento do mercado que é pouco explorado. É um empreendedor mais criativo.
É importante ressaltar que os empreendimentos iniciais são muito conservadores. A maioria, 98,9% investem em negócios ou conhecimentos que não são considerados novos.
- Empreendedor de necessidade
É o indivíduo que é motivado pela necessidade. Geralmente esta pessoa precisa gerar uma renda e se encontra fora do mercado de trabalho, seja por falta de oportunidade ou falta de qualificação, se torna um empreendedor.
As pesquisas (GEM 2012) destacam que no empreendedorismo por oportunidade os homens representam 73,9% e as mulheres 64,5%. Outro fato da pesquisa é que o número de empreendedores por oportunidade é maior entre os jovens e com o grau maior de escolaridade.
Os percentuais maiores de empreendedores por necessidade estão nas faixas de renda menores e grau de escolaridade inferior.
Diante destes dados é fácil constatar que existem características das pequenas empresas que são muito similares, como por exemplo:
- Falta de conhecimento:
A falta de conhecimento administrativo e gerencial levam, na maioria das vezes, o empreendedor e utilizar uma administração pouco profissional e sem base. A falta de conhecimento e informação é o principal motivo de pequenas empresas não terem sucesso e fecharem suas portas no primeiro ano;
- Falta de capital:
Não só falta de capital inicial como de capital de giro. É outro forte motivo de falência para as pequenas empresas. Capital inicial e de giro, são básicos para que sua empresa permaneça no mercado;
- Laços familiares:
Geralmente as pequenas empresas são compostas por grupos familiares. Esta formação tende a gerar falta de hierarquia, desrespeito às regras trabalhistas pela contratação de mão de obra baixo custo e baixo nível de qualificação;
- Falta de investimento:
Como o capital é baixo, dificilmente a pequena empresa consegue investir, principalmente em tecnologia. Atualmente quem não investe em tecnologia está à margem do mercado de trabalho;
- Sonegação:
Ainda dentro do tema capital, as pequenas empresas costumam sonegar seus impostos devidos, o que a longo prazo pode ser a assinatura da sua falência;
- Não separar pessoa física da jurídica:
Esta característica é muito comum nas pequenas empresas, não separar a pessoa física da jurídica. Você é você, sua empresa é sua empresa. Cada um com seu capital individualmente administrados;
- Não definição de custo:
Pequenas empresas costumam começar sem estrutura básica, como definir custos. Entrada não é lucro. Muitas empresas não sabem definir seu lucro real porque não conhecem seu custo real;
Pronto, agora você já sabe quais são as características das pequenas empresas. E então, você se enquadra?